Histerossalpingografia: exame verifica as condições do útero e das tubas

O que é a histerossalpingografia

A histerossalpingografia é um exame de radiografia usando-se contraste, para verificar as condições anatômicas dos órgãos reprodutores femininos: útero e tubas. Ele é feito no Brasil desde a década de 1960.

Quando a histerossalpingografia é necessária

A histerossalpingografia é um exame normalmente realizado para verificar se há alguma anomalia no útero ou nas trompas de pacientes que apresentam dificuldade para engravidar, mas também pode ser feito para investigação de outros problemas ginecológicos ligados à anatomia do útero e das trompas. Se a anatomia estiver muito alterada, poderá haverá haver problemas para conseguir ter um bebê.

Como é feita a histerossalpingografia

A histerossalpingografia é feita em um aparelho de raio-X  associado ao uso de contraste. O contraste, normalmente composto por iodo, é pelo colo do útero por meio de um cateter, com a paciente em posição ginecológica, ou seja, deitada e com os joelhos dobrados. Há um balão na ponta deste cateter que é inflado dentro do útero para fixação da sonda, então o contraste é injetado. O raio-X não atravessa o contraste, e assim é possível ver a anatomia do útero e das tubas uterinas durante o exame. É comum que ao longo do exame, o médico peça para a paciente modificar sua posição, o que ajuda a distribuir melhor o contraste, fornecendo mais informações.

Muitos dizem que a histerossalpingografia é desconfortável, mas tudo depende das condições e do material utilizado para a realização do exame. Existem sondas metálicas, com maior calibre, que tornam o procedimento mais desconfortável. Mas em locais que usam sondas feitas de material flexível e pequeno calibre, trazidas ao Brasil em 1994, o exame acaba sendo mais confortável.

Durante a introdução do contraste, é comum a paciente sentir uma cólica leve, como uma cólica menstrual, que desaparece logo após o término do exame. O procedimento tem duração de 30 minutos, porém o desconforto dura entre seis e sete minutos. Raramente o exame precisa ser repetido, a não ser em situações específicas, como por exemplo, quando a paciente é submetida a um procedimento cirúrgico que modifica a anatomia do útero.

Pré-requisitos para fazer o exame

A histerossalpingografia precisa ser feita em uma período específico do ciclo menstrual: entre os dias seis e doze do ciclo – ficando entre o final da menstruação e pouco antes da ovulação. Antes de o exame ser realizado, pode ser necessária a limpeza do intestino, usando laxantes no dia anterior, para que os gases e fezes na região pélvica não atrapalhem na visualização do resultado.

Normalmente medicamentos anti-inflamatórios ou antiespasmódicos são utilizados alguns minutos antes do exame, para evitar espasmos e desconfortos. Por isso, o melhor é não fazer uso de outros medicamentos, a não ser que o médico tenha recomendado. É necessário que a paciente também esvazie a bexiga antes de começar o exame.

Recomendações pós-exame

Depois do exame recomenda-se evitar relações sexuais por alguns dias, mas não há cuidados muitos complexos no geral.

Ao retirar a sonda após a histerossalpingografia, 70% do contraste escoa em direção à vagina. Apenas 2 ou 3 ml são absorvidos pelo organismo e eliminados pelo rim, sem qualquer alteração na cor ou aspecto da urina.

Contraindicações

 Pessoas tiveram reação alérgica importante e comprovada em outros exames com contrastes iodados injetados na veia devem informar o médico que vai realizar o procedimento para que algumas precauções sejam tomadas e, se necessário, a paciente poderá ser orientada a realizar o exame em ambiente hospitalar.

Grávida pode fazer?

Não, exame é inviável durante a gravidez, já que um líquido é injetado dentro útero. Além disso, na maioria das vezes esse exame é feito por pacientes que estão com dificuldades de engravidar.

Riscos da histerossalpingografia

A infecção pélvica é a complicação mais comum da histerossalpingografia, porém quando todos os cuidados de assepsia são tomados, sua ocorrência é muito rara.

O que significa o resultado do exame?

A histerossalpingografia é um exame de imagem e através dele o médico avaliará como estão as condições e o formato do útero e das tubas da paciente, além de perceber se há algo obstruindo o caminho das trompas.

Resultados normais

Exame de histerossalpingografia normal - Foto cedida pelo dr Mario Barretto D'Avilla
Histerossalpingografia normal

O médico ginecologista é a melhor pessoa para analisar o exame de histerossalpingografia, que por ser de imagens, pode ter várias interpretações. Mas um resultado normal seria o útero forme um desenho quase triangular, com três pontas bem pelo contraste definidas e que as bordas não estejam embaçadas ou indefinidas. Já as trompas devem ser bem finas, formando leves ondulações que não fiquem totalmente próximas ao útero e com um contraste menos definido, parecendo que está se espalhando.

O que significam resultados anormais?

Histerossalpingografia com tuba obstruída - Foto cedida pelo médico Mario Barretto D'Avilla
Histerossalpingografia com tuba obstruída

A histerossalpingografia detecta alguns tipos de doenças e anormalidades uterinas e tubárias que podem justificar alterações da saúde da mulher e também sua fertilidade.

Entre os problemas uterinos temos fatores como pólipo endometrial,mioma, sinéquia, adenomiose e anomalias congênitas, como um septo na vagina. Já os problemas tubários podem ser decorrentes de processo aderencial pélvico causado pela endometriose ou por doença inflamatória pélvica, hidrossalpinge (acúmulo de água na tuba) e obstrução tubária, entre outros.

Preciso tomar algum suplemento de ácido fólico na gravidez?

Sim, mulheres grávidas devem tomar um suplemento de ácido fólico assim que descobrem a gravidez, ou de preferência até antes de engravidar. É um comprimido pequeno, que não engorda e não tem efeitos colaterais, vendido baratinho nas farmácias ou distribuído em postos de saúde. O ácido fólico também pode estar presente em complexos vitamínicos especiais para grávidas.

Por que o ácido fólico é tão importante?

Mulheres grávidas devem tomar suplemento de ácido fólico por uma série de motivos muito relevantes para a sua saúde, assim como a do bebê em desenvolvimento. São eles:

  • Ácido fólico ajuda a prevenir doenças do tubo neural no bebê, como a espinha bífida (quando a medula espinhal não se fecha por completo), e do cérebro, como a anencefalia. Os defeitos do tubo neural acontecem durante o estágio inicial de desenvolvimento, muitas vezes antes até que as mães saibam que estão grávidas.
  • De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), mulheres que tomam a dose diária recomendada de ácido fólico ao menos um mês antes de engravidar
  • e durante o primeiro trimestre da gestação reduzem o risco de o bebê ter problemas do tubo neural de 50 a 70 por cento.
  • Algumas pesquisas indicam que o ácido fólico pode ajudar a diminuir o risco de o bebê ter outros problemas, como lábio leporino
  • e certos tipos de distúrbios cardíacos. Mulheres desnutridas ou sob regime excessivo de emagrecimento têm mais incidência desses problemas.
  • Seu corpo precisa do ácido fólico (também conhecido como folato ou vitamina B9, parte do complexo B) para produzir glóbulos vermelhos normais e prevenir a anemia. A falta de folato na alimentação pode levar a um tipo de anemia conhecido como anemia por deficiência de folato, cujos sintomas, como cansaço e fraqueza, são semelhantes aos da anemia por deficiência de ferro
  • O folato é essencial na produção, na reparação e no funcionamento do DNA, o “tijolo” que compõe nosso mapa genético e nossas células. A ingestão adequada de ácido fólico é especialmente importante para o rápido crescimento celular da placenta e do seu bebê.
  • Há ainda estudos que sugerem que o ácido fólico pode reduzir o risco de mulheres desenvolverem pré-eclâmpsia
    • uma doença séria que pode comprometer a sua saúde e a do bebê também.

    Por todas essas razões os médicos costumam prescrever um suplemento de ácido fólico assim que a gravidez é diagnosticada. O ideal, segundo os especialistas, é já estar tomando suplemento antes mesmo de engravidar, porque o desenvolvimento fetal é rápido no início da gestação, e os tubos neurais dos fetos se fecham durante as quatro primeiras semanas da gravidez.

    Tanto que, nos Estados Unidos, os ginecologistas até recomendam que todas mulheres em idade fértil tomem ácido fólico, independente de estar ou não planejando uma gravidez, e no Brasil as farinhas de trigo em geral são enriquecidas com a substância.

    Não existe um tempo máximo para tomar o ácido fólico. Se você acha que pode engravidar em algum momento do próximo ano, já vale a pena começar a tomar.

    Qual é a quantidade certa de ácido fólico durante a gravidez?

    Os obstetras geralmente indicam uma dose diária mínima de 400 mcg de ácido fólico no primeiro trimestre da gestação, além de recomendar uma dieta rica em folato para reduzir os riscos de alguma alteração congênita no bebê.

    Nas farmácias brasileiras o mais comum é encontrar comprimidos de 2mg e de 5mg, que ultrapassam em muito a dose mínima recomendada (400 mcg é igual a 0,4 mg), por garantia. Toma-se 1 comprimido uma vez por dia, independentemente do horário e da alimentação.

    Uma vez que você chegue ao segundo trimestre, o suplemento não é mais necessário, embora seu uso contínuo não prejudique você nem a criança.

    Uma leve falta de folato no organismo pode causar alterações de humor e irritação. Se tiver dúvidas quanto à sua dieta, converse com seu médico e veja se é o caso de consultar um nutricionista.

    Mulheres que tiveram um filho com algum defeito no tubo neural têm maior risco de gerar outras crianças com o mesmo problema. Se for o seu caso, o médico irá prescrever uma dose bem maior de ácido fólico — até 5 mg — um mês antes de você tentar engravidar e a manterá tomando o suplemento durante o primeiro trimestre.
    Os obstetras também costumam recomendar doses mais altas de ácido fólico para mulheres que tomam certos tipos de medicamento, como anticonvulsivantes para epilepsia. Outro grupo que parece correr mais riscos é o das mulheres obesas, que também recebem doses mais altas de ácido fólico, começando desde antes de engravidar, mas sempre sob supervisão médica.

    Quais são as melhores fontes ácido fólico?

    Por incrível que pareça, pesquisas indicam que o corpo humano absorve melhor a versão sintética (ou seja, fabricada) desta vitamina, do que aquela que está naturalmente presente em certos alimentos. Embora os cereais e grãos sejam fortificados com ácido fólico, a maioria das mulheres também não consome quantidades suficientes destes produtos para suprir a dose adequada durante a gestação. Daí a necessidade de tomar o suplemento.

    É claro que, além dos suplementos, você deve manter uma dieta  saudável que inclua alimentos ricos em ácido fólico, assim como outros nutrientes importantíssimos para a gravidez. Uma boa porção diária de salada é um ótimo começo. Veja a seguir algumas outras sugestões de fontes da vitamina:

    • verduras escuras, como couve, brócolis, espinafre, escarola
    • batata grande (daquele tipo para assar com casca)
    • feijões de todos os tipos, lentilha, ervilha
    • gérmen de trigo
    • aspargos
    • frutas cítricas, como laranja, limão, tangerina
    • ovo cozido
    • salmão
    • carne vermelha.
    • Observação: Não cozinhe as verduras e legumes demais, porque isso acaba com o ácido fólico. O ideal é cozinhar os alimentos em um panela tampada, com o mínimo possível de água fervendo. Tente comer vegetais ligeiramente cozidos no vapor ou simplesmente crus.

      Não tomei ácido fólico no começo da gravidez. Meu bebê corre risco?

      Se você não tomou o suplemento de ácido fólico no comecinho da gravidez, procure não se preocupar. Os problemas que o ácido fólico previne são relativamente raros, e você certamente ingeriu naturalmente algum ácido fólico na sua alimentação e na farinha de trigo enriquecida.

      Por exemplo: cada vez que você comeu um pãozinho, estava tomando ácido fólico, o que já ajuda muito.

      Faça seu pré-natal direitinho, indo a todas as consultas e seguindo as orientações do obstetra.

Endometriose (superficial) peritoneal

Infertilidade x Endometriose

A associação da endometriose com a fertilidade tem sido alvo de discussão há muitos anos. Os debates em torno das proporções que esta doença afeta a capacidade da mulher em ter filhos têm causado, por muitas vezes, um “vai e vem” nas condutas e tratamentos médicos. Todos os tipos e graus de endometriose podem influenciar a fertilidade, entretanto, freqüentemente o diagnóstico não é tão evidente e fica como última opção na pesquisa, entre outras causas de infertilidade. Esta demora na iniciativa da pesquisa da doença, pode ser causada pela superficialidade dos sintomas, inconsistência das queixas clínicas e falta de evidências laboratoriais dos exames de sangue e ultrassom endovaginal. Somente após passar um certo período, onde foram realizados tratamentos sem sucesso, é indicada a videolaparoscopia, que conclui o diagnóstico. A espera por este esclarecimento atrasa a concepção e prolonga o sofrimento do casal.

A endometriose causa infertilidade pelos seguintes efeitos:

  • Influencia os hormônios no processo de ovulação, e na a implantação do embrião.
  • Altera também os hormônios prolactina e as prostaglandinas que agem negativamente na fertilidade.
  • Prejudica a liberação do óvulo dos ovários em direção às trompas.
  • Interfere no transporte do óvulo pela trompa, tanto pela alteração inflamatória causada pela doença, como por aderências (as trompas “grudam” em outros órgãos e não conseguem se movimentar).
  • Alterações imunológicas – alterações celulares responsáveis pela imunologia do organismo (células NK, macrófagos, interleucinas, etc.).
  • Receptividade endometrial. O endométrio, tecido situado no interior da cavidade uterina, local onde o embrião se implanta, sofre a ação de substâncias produzidas pela endometriose (ILH e LIF –leukemia innibitory factor) que atrapalham a implantação do embrião.
  • Alterações no desenvolvimento da gestação. Pode interferir no desenvolvimento embrionário e aumentar a taxa de abortamento.

13 Doenças que causam Infertilidade no Homem e na Mulher

 Dra. Sheila Sedicias Ginecologista

Algumas doenças que podem ser a causa da infertilidade masculina e feminina são:

Uretrite;Orquite;Epididimite;Prostatite;Varicocele;Problemas imunológicos;Distúrbios hormonais que impedem a ovulação;Síndrome dos ovários policísticos;Infecções nas trompas uterinas;Endometriose;Endometrioma;Diabetes;Obesidade.

Os fatores que causam infertilidade podem afetar o homem ou a mulher, ou ambos, diminuindo assim as chances de gravidez. E por isso, se o casal não conseguir engravidar naturalmente dentro de 1 ano de tentativas, uma consulta com o médico ginecologista, para as mulheres, e urologista, para os homens, deve ser realizada.

Para que uma gravidez aconteça, é necessário o funcionamento ideal dos sistemas reprodutores masculinos e femininos, portanto se houver alguma alteração como as que citamos acima, o tratamento adequado deve ser realizado.

Uma vida tranquila, longe do estresse do dia a dia e uma alimentação equilibrada também são importantes para garantir o bom funcionamento do organismo e facilitar a gravidez.

Qual a diferença entre infertilidade e esterilidade? Quais são as causas?

O que é infertilidade/esterilidade?

Fala-se de infertilidade quando um casal não consegue a gravidez desejada ao fim de um ano (ou dois, na Europa) de vida sexual ativa e contínua, sem estar usando qualquer método contraceptivo. A infertilidade resulta de uma disfunção dos órgãos reprodutores, dos gametas ou do concepto. A esterilidade, por seu turno, é a impossibilidade que tem o homem ou a mulher de produzir gametas (células sexuais: óvulos para a mulher; espermatozoide para os homens) ou zigotos (ou ovos – células que resultam da fusão entre óvulos e espermatozoides) viáveis.

A diferença entre infertilidade e esterilidade nem sempre é feita com precisão e nem sempre se baseia em critérios idênticos. Daquilo que se depreende do conceito acima, podemos dizer que um casal é infértil se tem apenas uma diminuição das chances da gravidez, que podem ser contornadas por medidas médicas, e que é estéril quando a capacidade de gerar filhos é nula.

A infertilidade e a esterilidade podem ser femininas, masculinas, femininas e masculinas ou não ter causa aparente. Sempre é melhor falar de casal infértil ou estéril porque uma causa de grande intensidade em um parceiro pode ser ajudada por outra mais branda no outro, e vice-versa.

Quais são as causas da infertilidade/esterilidade?

Algumas síndromes que causam infertilidade/esterilidade têm caráter congênito ou hereditário, como as faltas de órgãos (útero, trompa ou vagina) ou alterações das gônadas. Contudo, na maioria das vezes, os fatores de infertilidade/esterilidade (sejam masculinos ou femininos), são adquiridos e decorrem de infecções; alterações hormonais; sequelas de cirurgias ou traumas ou do uso abusivo de medicamentos ou drogas.

As principais causas de infertilidade/esterilidade feminina são:

Distúrbios hormonais que impedem o crescimento e a liberação do óvulo.Doenças do ovário.Obstrução das trompas.Infecções pélvicas,endometriose.Alterações do muco cervical.Anomalias do útero.Doenças que afetam a vagina.Doenças sistêmicas (diabete mellitus), alterações das suprarrenais,alterações da tireóide,obesidadw, estresse,bulimia,anorexia, doenças hepáticas que afetam o metabolismo dos estrogênios, etc).Intoxicações, como as pelo álcool ou drogas.

A infertilidade/esterilidade masculina depende de que o homem seja capaz de depositar uma quantidade adequada de espermatozoides sadios na vagina da mulher. Nos homens, pois, a infertilidade/esterilidade pode ser causada pela:

Insuficiência quantitativa de espermatozoides.Ausência, anomalias morfológicas ou distúrbios da motilidade dos espermatozoides.

As causas mais comuns da diminuição dos espermatozoides estão relacionadas a alterações da produção deles (doenças da hipófise, da tireoide ou da suprarrenal, traumas e problemas congênitos dos testículos, problemas causados pelo uso de medicamento,varicocele, etc.). Vários outros fatores (às vezes simples) podem também alterar o processo de produção de espermatozoides como, por exemplo, um aumento da temperatura (por uma febre prolongada, criptorquidia – não descida do testículo desde a cavidade abdominal para a bolsa escrotal – ou por uma varicocele, por exemplo). Em homens submetidos à extirpação da próstata (ou, eventualmente, a outra intervenção cirúrgica pélvica) e nos diabéticos o sêmen pode seguir uma direção inversa à habitual e deslocar-se para a bexiga em vez de se deslocar para o pênis, tornando-os, assim, inférteis.

Em geral existem causas concorrentes e, por isso, encontrar uma causa não significa que não haja também outras.

Quais são os sinais e sintomas da infertilidade/esterilidade?

A infertilidade é conceituada pela ausência da gravidez após pelo menos um ano (ou dois, na Europa) de tentativa de engravidar espontaneamente (relações sexuais regulares no período fértil – do 12° ao 15° dias do ciclo menstrual- sem o uso de qualquer método contraceptivo). Após um ano de tentativa deve ser procurado um ginecologista, para tentar resolver a situação. Em mulheres acima de 35 anos esse prazo deve cair para seis meses.

A esterilidade se caracteriza pela constatação da incapacidade definitiva para gerar filhos.

Como o médico diagnostica a infertilidade/esterilidade?

O diagnóstico de infertilidade/esterilidade deve ser feito através da “pesquisa básica de fertilidade” e sempre envolver o casal, desde o início. Constitui um erro começar a investigação apenas por um dos membros.

Estatisticamente, a infertilidade decorre em 30% dos casos, da mulher; em 30% dos casos, do homem; em 30% dos casos, de ambos; em 10% dos casos não é possível determinar-se a causa.

Alguns exames ajudam a diagnosticar as causas da infertilidade/esterilidade:

Ultrassonografia transvaginal: permite também fazer certos procedimentos da fertilização in vitro.Histerossalpingografia: exame radiológico contrastado que avalia uma possível obstrução das tubas uterinas.Histeroscopia: exame que permite uma visualização direta da cavidade uterina e complementa a histerossalpingografia e a histerossonografia.Espermograma: visa conhecer um dos fatores masculinos, avaliando os graus de concentração, motilidade, vitalidade e morfologia dos espermatozoides.

Outros exames a serem usados em casos específicos são: avaliação do muco cervical, biópsia endometrial, culturas cervicais, pesquisa de anticorpos anti-espermatozoides, exames imunológicos e laparoscopia.

Como se trata a infertilidade/esterilidade?

Além do tratamento das causas, a medicina dispõe de vários métodos para contornar a infertilidade: fertilização in vitro, inseminação intrauterina, indução da ovulação.

O método da fertilização in vitro, ou do chamado ”bebê de proveta”, é reservado para a mulher que já tenha tentado outras formas de tratamento. Segundo ele, vários óvulos são removidos do ovário e artificialmente fecundados em laboratório com os espermatozoides do parceiro ou de um doador anônimo e depois transferidos para o útero. As mulheres com impossibilidade de produzir óvulos podem também se beneficiar desse método e receberem óvulos de uma doadora, fecundados artificialmente, em laboratório, pelos espermatozoides do seu parceiro e abrigar os embriões em seu próprio útero.A inseminação intrauterina consiste na introdução de espermatozoides purificados na cavidade uterina (acima do colo uterino) até 36 horas após a indução da ovulação.A indução da ovulação é utilizada quando tenha sido diagnosticada a falta ou distúrbios na ovulação, nos casos de ovários policísticos, em uma fase da inseminação intrauterina ou da fertilização in vitro.

Como prevenir a infertilidade/esterilidade?

Evitar excesso de exercícios e desordens alimentares, porque esses fatos parecem diminuir a produção tanto de óvulos quanto de espermatozoides.Corrigir doenças metabólicas como o diabetes mellitus,desordem do colesterol etc.Multivitaminas e sais minerais podem ajudar os homens com baixa contagem de espermatozoides.Se houver desordens alimentares (bulimia e anorexia) o tratamento delas deve preceder o tratamento da infertilidade.Evitar as  doenças sexualmente transmissíveis, algumas das quais podem causar infertilidade/esterilidade.

Quais são as chances de êxito no tratamento da infertilidade?

Desde que as técnicas descritas sejam usadas adequadamente, as chances de êxito no tratamento da infertilidade são quase tão boas como as naturais, ou mesmo melhores.

A possibilidade da concepção de gêmeos (dois ou mais) é maior com a utilização desses recursos do que naturalmente.

O que é Infertilidade?

Causas e Ocorrências

Fertilidade é a capacidade de gestar ou conceber até a viabilidade fetal. Considera-se a definição mais aceita para a infertilidade:“A infertilidade caracteriza-se pela ausência de gravidez após um ano de vida sexual ativa, sem o uso de métodos contraceptivos”. O prazo de 12 meses, ou 6 meses para mulheres acima de 35 anos, está baseado em modelos de probabilidade estatísticas e reforçado por observações epidemiológicas. Considerando-se que as taxas de concepção normal de cada casal seja em torno de 20%, a probabilidade cumulativa ao longo de 12 meses, será de 93%.

Contudo, na prática observa-se que as chances são de 80-90%. Variações ocorrem quando se trata de primeira gestação da mulher ou gestações subseqüentes, mostrando mais facilidade de concepção no último caso. A infertilidade é de causa feminina em cerca de 40% dos casos, e do homem em outros 40%. No restante, a infertilidade resulta de problemas em ambos os parceiros ou é idiopática (sem causa aparente).

A maioria dos casais com dificuldades em engravidar não são estéreis, porém são inférteis ou subférteis (tem uma chance reduzida de conceber espontaneamente). Estudos recentes demonstram que 20% dos casais são inférteis e suscetíveis a algum tipo de tratamento, e destes apenas 5% não conseguem filhos.

A presença da infertilidade idiopática (sem causa aparente) pode, na realidade, possuir uma ou mais causas, como falha na captação do óvulo pela tuba (“ovulação”), falhas de fertilização (defeitos nos espermatozoides ou óvulos de má qualidade), e falhas de implantação (dificuldade no embrião se fixar ao útero).

Com a finalidade de identificar se há infertilidade e quais as suas causas existem diversos exames clínicos e laboratoriais realizados tanto no homem quanto na mulher.

Preservação da fertilidade e pacientes com câncer Criopreservação ou Congelamento

Pesquisas apontam que a incidência de câncer em pessoas jovens está crescendo consideravelmente. Entretanto, graças aos avanços da medicina os índices de cura também vem aumentando.  Segundo um artigo publicado:

“A radioterapia, quando for realizada no baixo abdômen, poderá danificar ou até destruir os ovários, dependendo do tamanho e da localização do tumor e da intensidade da irradiação necessária para a cura. O mesmo pode ocorrer com a quimioterapia, que, dependendo das drogas utilizadas e das doses necessárias para a cura da doença, poderá, além de extinguir o tumor, prejudicar também a função ovariana […] As mesmas considerações são válidas para o homem.”*

Sendo assim, cada vez mais os médicos oncologistas estão atentos a preservação da fertilidade destes pacientes, uma vez que, por serem jovens há o desejo de constituírem famílias e terem filhos. As técnicas utilizadas para a preservação da fertilidade podem ser definidas como  Criopreservação ou Congelamento. Essa técnica consiste em conservar células ou tecidos em temperaturas inferiores a 150°C negativos.  Para ambos os sexos existe a possibilidade de tratamento, sendo que em casos de câncer em homens congelam-se os espermatozóides, que poderão ser utilizados posteriormente para Inseminação, FIV e ICSI. Já o tratamento para mulheres com câncer consiste no congelamento de óvulos.

A Obesidade e a Infertilidade.

Grupo de médicos americanos revela um estudo que estabelece esse vínculo.

Existe ligação entre obesidade e infertilidade? Um grupo de médicos americanos do Brigham and Women’s Hospital e do Harvard Medical School desenvolveu um estudo para com o objetivo de estabelecer esse vínculo.

Os cientistas examinaram a qualidade  dos óvulos e embriões de mulheres com diferentes estágios de índice de massa corporal (IMC) e descobriu que o excesso de peso e a obesidade podem alterar os níveis de insulina liberados pelo pâncreas, provocando um aumento na produção de estrógeno (hormônio masculino) pelos ovários, prejudicando a liberação dos óvulos, reduzindo a taxa de fertilização e aumentando o risco de aborto espontâneo.

A obesidade também afeta a fertilidade masculina. O excesso de peso reduz o nível de testosterona e aumenta o nível de estradiol, o que compromete a produção de esperma. Pesquisas já comprovaram que pessoas com excesso de peso possuem maior índice de fragmentação do DNA do espermatozóide, o que provoca falhas na fertilização.

Fonte: Diário do Grande ABC 15/06/11

Aborto Legal? Legal para quem???

Já começo esse post dizendo que sou totalmente contra o aborto. Não tenho a obrigação de ser imparcial, pois isso aqui não é uma matéria jornalística e imparcialidade não existe mesmo.
Acho de uma grande ignorância a defesa do aborto com o argumento de que a mulher tem o direito de escolha. Mas, e o feto, não? Segundo o Dr. Drauzio Varella, o zigoto é uma vida, mas não uma vida humana. E o que mais ele espera que possa surgir da barriga de uma mulher além de um bebê? Um poodle??? Esse debate sobre o início da vida humana chega a ser ridículo.
A sociedade incentiva a sexualidade precoce, seja através de músicas sexuais – porque sensualidade não é o que se vê em uma dançarina de funk ou axé – ou propagandas de contraceptivos – “Viva a pegação”, diz Anitta no comercial da Olla – e, depois, quer abortar os fetos??? Isso nada mais é do que jogar a sujeira para baixo do tapete.
Algumas religiões são ferozmente criticadas por serem contra o uso da camisinha. É claro que são!!! Se uma crença prega o celibato, como pode apoiar o uso de contraceptivos??? É como dar a chave de um carro para um jovem e esperar que ele não o pegue para dar uma voltinha.
Não estou, com isso, querendo dizer que as pessoas devam fazer sexo sem prevenção. Entre pegar uma doença ou uma gravidez indesejada e o uso do preservativo, opto pela camisinha. Mas será que estas são as únicas opções??? Por que essa busca desenfreada pelo sexo a todo custo??? A vida é muito mais que isso, jovem.